Para os amantes da natureza e da jardinagem em geral, hora ou outra é normal escutar termos considerados técnicos os quais, para nós, fazem o menor sentido. Entre os tão comentado está a “repicagem”, um processo importante para a produção de mudas e você já vai entender o porquê.
Depois de ter semeado sua sementeira, é normal encontrar alguns locais onde não nasceram plântulas e outros onde nasceram até mais de uma. Quando germinam mais de uma semente em um mesmo local, o espaço, que já é pequeno, acaba por ficar demasiado menor, colocando em risco o processo de desenvolvimento de ambas as plântulas. Deste modo, ambas lutarão pelos poucos centímetros disponíveis, além de uma tampar a iluminação da outra, criando uma série de deficiências.
É aí que entra a repicagem, um processo manual e delicado que visa aproveitar estas mudas. Falando na prática, é uma técnica muito utilizada quando não se possui grande disponibilidade de sementes ou, então, o sucesso com a germinação é baixo. Deste modo, aproveitam-se as mudas recém-nascidas para a obtenção de exemplares.
Para fazer isso, o processo é simples:
1. Primeiramente, por estar lidando com plântulas e não mudas já formadas, o sistema radicular da mesma apresenta muita fragilidade e qualquer puxão exercido de forma grosseira poderá por arrebentá-lo, matando-a.
Deste modo, é necessário efetuar a rega sob o local desejado e aguardar alguns poucos minutos. Com isso o substrato perde sua firmeza, pois a água acaba abrindo pequenas tubulações internas, facilitando a remoção das pequenas mudas.
2. Com isso, basta removê-las com delicadeza. Se não for possível realizar esta etapa apenas com as mãos, é possível o auxílio com ferramentas, cuidando sempre para não cortar ou agredir suas raízes.
Depois de retirar as mudas que nasceram juntas, basta dividi-las e plantá-las separadamente. Simples, não é mesmo?!
E para que sua repicagem tenha o máximo de sucesso, vale seguir alguns cuidados e algumas dicas.
A. Se, por acaso, as plântulas retiradas não forem transplantadas no mesmo instante, é válido ter um recipiente limpo com água ao seu lado, onde deverão ser acomodadas até que o procedimento ocorra. Vale citar que o sol é inimigo nessas horas, deixando-as sempre sob a sombra.
B. Às vezes, também pode ocorrer do sistema radicular de uma estar mais avançado do que outra. Aqui entra o bom senso. Se por acaso a planta se mostrar saudável e bem desenvolvida, vale a pena transferi-la para um pacote ou local de maior espaço. Ou então, efetuar o corte e a redução do seu excesso, compactando novamente seu tamanho para que acompanhe o desenvolvimento junto das demais.
Depois de ter semeado sua sementeira, é normal encontrar alguns locais onde não nasceram plântulas e outros onde nasceram até mais de uma. Quando germinam mais de uma semente em um mesmo local, o espaço, que já é pequeno, acaba por ficar demasiado menor, colocando em risco o processo de desenvolvimento de ambas as plântulas. Deste modo, ambas lutarão pelos poucos centímetros disponíveis, além de uma tampar a iluminação da outra, criando uma série de deficiências.
É aí que entra a repicagem, um processo manual e delicado que visa aproveitar estas mudas. Falando na prática, é uma técnica muito utilizada quando não se possui grande disponibilidade de sementes ou, então, o sucesso com a germinação é baixo. Deste modo, aproveitam-se as mudas recém-nascidas para a obtenção de exemplares.
Para fazer isso, o processo é simples:
1. Primeiramente, por estar lidando com plântulas e não mudas já formadas, o sistema radicular da mesma apresenta muita fragilidade e qualquer puxão exercido de forma grosseira poderá por arrebentá-lo, matando-a.
Deste modo, é necessário efetuar a rega sob o local desejado e aguardar alguns poucos minutos. Com isso o substrato perde sua firmeza, pois a água acaba abrindo pequenas tubulações internas, facilitando a remoção das pequenas mudas.
2. Com isso, basta removê-las com delicadeza. Se não for possível realizar esta etapa apenas com as mãos, é possível o auxílio com ferramentas, cuidando sempre para não cortar ou agredir suas raízes.
Depois de retirar as mudas que nasceram juntas, basta dividi-las e plantá-las separadamente. Simples, não é mesmo?!
E para que sua repicagem tenha o máximo de sucesso, vale seguir alguns cuidados e algumas dicas.
A. Se, por acaso, as plântulas retiradas não forem transplantadas no mesmo instante, é válido ter um recipiente limpo com água ao seu lado, onde deverão ser acomodadas até que o procedimento ocorra. Vale citar que o sol é inimigo nessas horas, deixando-as sempre sob a sombra.
B. Às vezes, também pode ocorrer do sistema radicular de uma estar mais avançado do que outra. Aqui entra o bom senso. Se por acaso a planta se mostrar saudável e bem desenvolvida, vale a pena transferi-la para um pacote ou local de maior espaço. Ou então, efetuar o corte e a redução do seu excesso, compactando novamente seu tamanho para que acompanhe o desenvolvimento junto das demais.
Conheça a delicada Avenca: de ornamental a medicinal
Por Administrador - segunda-feira, julho 17, 2017
Há algum tempo atrás, eu e minha esposa, Luana, fomos fazer uma visita até a casa de seu pai em Taió, que fica cerca de 60 quilômetros de distância de onde moramos.
Apesar de não gostar de dirigir carro, é sempre bom chegar lá. A casa é grande! São 2 andares, muitos quartos, banheiros, área de festa, piscina... realidade da qual fora vivo (e nada me faz falta). É realmente tudo lindo. Mas o que mais me encanta é a “sobra” do terreno, que foi utilizada para criar um bosque de um verde contagiante. Foi lá, em meio a árvores, córregos e sobra que encontrei uma planta extremamente delicada e dona de um visual que eu, até então, jamais havia visto. Essa era a Avenca!
No meio de tanto verde, tamanha miudeza conseguiu chamar minha completa atenção da mesma forma que um letreiro faz para destacar sua vitrine das demais. Suas folhas são finíssimas, assim como seus ramos, e dispersas em forma irregular que, para mim, muitas vezes se assemelham a de uma pirâmide. Já seus ramos são fininhos e, ao mesmo tempo, bem escuros, criando um contraste tão singular que palavras não são capazes de expressar.
Dentro de casa, as Avencas enriquecem e as deixam ainda mais próximas do contato com a natureza. E por falar nisso, é bem fácil o seu cultivo, porém, necessita do cultivador certos cuidados para que se mantenha o mais próximo das suas condições naturais, evitando aspectos feios ou a própria perda da planta.
Nome Técnico: Adiantum capillus veneris
Nomes Populares: Avenca
Família: Pteridophyta – Família Polypodiaceae
Origem: Nativo do Brasil.
Tipo: Feto (não produzem flores e sementes)
Umidade: Vital. Em ambientes secos ela praticamente não sobrevive, a não ser que algumas coisas sejam feitas para elevar esse nível (prato de água no fundo e apoiar o vaso por cima utilizando pedriscos, argila expandida, ou qualquer outro material que consiga reter umidade e mantê-la por maior tempo.
Solo: Altamente drenável e com matéria orgânica. Gosta, e muito, de madeira morta assim como xaxim.
Sol: Nunca em contato direto.
Luminosidade: Ao máximo, evitando sempre o contato direto com os raios solares que podem desidratar e facilmente queimar suas finas folhas.
Água: Gosta de terra levemente úmida, mas nunca encharcada, pois aumenta as chances de apodrecimento ao lado de incidência fungicida.
Temperatura: Climas tropicais de mata fechada, variando de 15 à 30ºC. Vale citar que odeia o extremo: tanto o frio, como o calor demasiado, pois acaba por se queimar e desidratar facilmente.
Vento: Não toleram! Devido a sua estrutura fragilmente composta, ambientes que possuam muito vento podem acabar quebrando seus galhos, fazendo com que a muda possua dificuldades durante seu desenvolvimento.
Vale lembrar que, tanto a Avenca, como todas as outras plantas, não exigem determinada dose de água a cada x dias. Isso é um erro que pode ser fatal! As plantas são seres-vivos e os dias nunca são iguais: alguns mais quentes, outros nem tanto, alternância na taxa de evaporação, etc. Por isso, o que mais vale aqui é a observação. Na hora de regar, atente-se ao solo, toque, sinta o aspecto. Se a cobertura estiver levemente úmida, é sinal de que seu interior ainda contém um bom índice de água, dispensando a rega naquele dia. No dia seguinte você novamente observa e repete todo o ritual. E é desta forma que você conseguirá os exemplares mais belos, não o contrário. Então vamos lá!
O primeiro passo é possuir a muda - lógico! Para isso você poderá ir até viveiros, comprar online (acho arriscadíssimo devido a sua sutileza em conjunto do transporte) ou ir até algum local específico que você já saiba que possua esta muda. No meu caso, atrás da casa da minha Nona (o mesmo que vó, só que oriunda da cultura italiana) encontrei inúmeras mudinhas, nenhuma grande o bastante, mas todas com o desenvolvimento necessário para serem coletadas.
Em caso de coleta, seja delicado! Seu sistema radicular é muito superficial e fino, podendo facilmente ser danificado em um simples puxão. Portanto, opte por utilizar instrumentos que permitam você puxá-la de dentro para fora. Desta forma ela já acaba vindo junto com um torrão de terra, diminuindo, ao meu ver, a intensidade do impacto da sua retirada. Em outras palavras, a chance de sucesso é maior.
Apenas como observação, fiz a coleta das mudas próximo ao fim da tarde, cerca de 17 horas. Após plantá-la em vaso definitivo, questão de 2 horas depois, ela já começou a mostrar indícios de que havia sido movida, estressada. Algumas das folhas murcharam e outras perderam seu verde vivo, tomando agora uma cor mais escura, opaca. Isso mostra e prova a sua grande sensibilidade, tendo suas reações praticamente instantâneas as ações.
Estando com seu exemplar em mão, agora você deve escolher o local onde a mesma será plantada. Este poderá ser tanto um vaso como um lugar fixo. Atenção para esta última opção, pois exigirá a reprodução apropriada ao meio em que tal espécie vive. Dentre elas, opto sempre pelos vasos.
O tamanho do recipiente não é importante: não deverá ser demasiado pequeno e sim possuir dimensões apropriadas para o desenvolvimento vegetativo da planta. Em seu interior, buracos de dreno são altamente necessários. Apesar de curtir a água, ela odeia os excessos e, principalmente, terra encharcada.
No fundo do recipiente, acrescente uma camada de cascalhos, brita, pedra, argila expandida ou qualquer outro material que possa ajudar no escoamento da água. Ao meu ver, o método perfeito seria começar dos maiores aos menores, criando assim um filtro perfeito para que tanto a água possa escoar, como o tão necessário oxigênio circular. Uma opção alternativa é acrescentar pedras e, aí então, uma camada de folha de jornal bem fina. Dessa forma você evita que o barro penetre por entre as pedras e saia pelos furos de drenagem.
O próximo passo é a escolha do substrato ideal. Neste ponto, depois de muito pesquisar, cheguei a uma conclusão, porém, não é imune a falhas: terra vegetal, esterco curtido e serragem. Observando o local onde as recolhi, percebi, não sei se é mera quimera, que onde meu nono havia jogados restos de serragem elas estavam com aspectos ainda melhores. Cheguei a conclusão de que gosta da madeira decomposta em mistura ao seu substrato. Alguns locais da internet até recomendam o uso do pó de xaxim, que já sabia ser altamente compatível com fetos.
Se tratando de proporções, a aplicação de esterco foi mínima, apenas “temperei o substrato” com ela a fim de enriquecer suas propriedades. Já a serragem, cerca de uma mão cheia para um vaso de 5L. Ela, para mim, irá atuar tanto como auxiliadora na aeração da terra como, também, proporcionar matéria orgânica. Até então, tem dado certo, mas continuo observando e testando diferentes opções com demais mudas.
Colocando minha opinião de lado, o que pude encontrar na internet é que adora solos ricos em nutrientes, matérias orgânicas e fim. Simples assim, pena que eu nunca me sinto satisfeito com o que passam, aí faço essas loucuras para testar, mas que, em contrapartida, sempre dão certo (ao menos por enquanto).
Depois de ter plantado sua mudinha, é hora de aprender a mantê-la sempre bela e saudável.
A luminosidade pode facilmente ser resolvida ao colocar a planta naquele cantinho próximo a janelas, portas ou qualquer outro lugar em que a iluminação do sol (não seus raios) se faça presente com boa intensidade. Já a umidade, basta acrescentar um prato ou qualquer outro tipo de recipiente sobre seu fundo e enchê-lo de cascalhos ou argila expandida com acréscimo de água. Desta forma a evaporação ocorre constantemente e sua planta terá ao menos a base para sua subsistência. Para evitar que a terra absorva essa água dedicada a outro fim, você pode apoiar o vaso sobre pedras a fim de elevar sua altura. Já o calor é fator de localização, necessitando certa observação e estudo para definir seu local apropriado.
A rega deverá ser feita sempre que o substrato aparentar estar levemente seco e nunca o contrário. Em períodos de frio, se necessário, a rega deverá ser reduzida, assim como deverá ser aumentada em épocas de calor. Prefira sempre o menos do que mais. Na hora de efetuar a rega, molhe o substrato generosamente sem encharcá-lo. Lembre-se, ela gosta de umidade e fica por isso. Portanto, não deve ser tratada como uma planta aquática (brincadeira, rs).
Quando em vasos, seus nutrientes se esgotam e devem ser repostos através de adubações periódicas. No meu caso, utilizo sempre fertilizantes orgânicos ou, então, os solúveis da Peter’s Forth Professional, os quais recomendo de boca cheia, pois nunca deparei com problemas relacionados a overfert (adubação excessiva), um grande vilão dos jardineiros e jardineiras de plantão. Outra excelente opção é o Osmocote, que são pequenas bolinhas que vão soltando, aos poucos, nutrientes para a terra. Pelo fato de ser um produto que possui de 3 à 5 meses de atuação/duração, é menos agressivo e também traz excelentes resultados, além de dispensar adubações constantes. As doses devem ser seguidas de acordo com as indicações do rótulo do produto. No meu caso, por segurança, opto sempre por dosagens inferiores às recomendadas. Faça os testes!
Mas, mesmo adubando com frequência, chegará um ponto em que o substrato da planta não terá mais propriedade alguma, se tornando completamente descartável. Por isso, é importante realizar o transplante da planta a cada 2 anos, que deverá ser feito na primavera, seguindo novamente todos os procedimentos iniciais necessários.
Se sua plantinha estiver apresentando folhas escuras, se atente ao local em que está e se o mesmo apresenta aspéctos de poluição. A cozinha é um bom exemplo disso graças a seus óleos e frituras, e caso esteja em um ambiente assim, retire-a imediatamente dali. Elas odeiam atmosferas impuras, necessitando de ar fresco sempre.
Para fazer isso manualmente, você poderá coletar esse material com o auxílio de uma faca. Durante o processo, uma folha poderá ser posta debaixo, assegurando que a coleta seja efetuada. Depois, prepare o local de germinação utilizando apenas pó de xaxim e espalhe os esporos por toda a superfície. Aplique um plástico transparente para protegê-lo e garantir os níveis ideais de umidade para uma alta taxa de germinação. Após feito, basta manter o recipiente à sombra. Com o passar dos dias, uma espécie de musgo se criará pela superfície: este é o início do seu ciclo de vida. Após atingir certa maturidade, com aproximados 2 à 3 centímetros de altura, poderão ser transplantados a seus locais definitivos.
Também é possível multiplicar seu exemplar através da divisão de touceiras, bastando separar uma das outras e replantá-las novamente. Apenas tome cuidado para não prejudicar os rizomas, que são frágeis e não tão abundantes para permitir falhas. Lembre-se de plantá-las imediatamente após a separação, pois se desidrata facilmente quando fora do solo.
Contra as Cochonilhas, recomendo que utilize o óleo de neem. Já para outras pragas, como pulgões e lagartas, opte pela calda de fumo, esta última eu te ensino com maiores detalhes nesta matéria.
Suas propriedades são: anti-inflamatória, diurética, adstringente, depurativa, laxante, tônica, sudorífica, expectorante, antibacteriana, antioxidante, balsâmica, emoliente e estimulante;
Indicada para pessoas com dificuldade de urinar;
Funciona como um leve sedativo natural;
É muito útil no tratamento contra tosses, catarros, gripes, afecções bronquiais e rouquidão;
Alivia a asma;
Ajuda o aparelho respiratório a funcionar melhor;
Acaba com a caspa.
Reduz a temida queda de cabelo.
Trata vários problemas na bexiga, no fígado, no baço e no pulmão.
Alivia as incômodas dores menstruais e reumáticas.
Regula a menstruação.
Quanto às contra indicações: portadores de hipoglicemia, gestantes e mulheres com cânceres estrogênio-positivos não devem consumir a avenca. Já os efeitos colaterais, são menos: pacientes diabéticos devem ter cuidado, já que a avenca potencializa a insulina e medicação antidiabética, o ideal é que esses pacientes não consumam a planta.
Acredito, eu, que a planta não se resume a esta insignificância. Inúmeras outras propriedades podem estar ocultas por trás desta miúda e delicada planta. Caso queira, você pode contribuir com maiores informações nos comentários abaixo, pois, como já disse, não sou conhecedor, mas sim mero amante dedicado que vive coletando, sejam mudas ou suas informações.
Até a próxima!
Apesar de não gostar de dirigir carro, é sempre bom chegar lá. A casa é grande! São 2 andares, muitos quartos, banheiros, área de festa, piscina... realidade da qual fora vivo (e nada me faz falta). É realmente tudo lindo. Mas o que mais me encanta é a “sobra” do terreno, que foi utilizada para criar um bosque de um verde contagiante. Foi lá, em meio a árvores, córregos e sobra que encontrei uma planta extremamente delicada e dona de um visual que eu, até então, jamais havia visto. Essa era a Avenca!
No meio de tanto verde, tamanha miudeza conseguiu chamar minha completa atenção da mesma forma que um letreiro faz para destacar sua vitrine das demais. Suas folhas são finíssimas, assim como seus ramos, e dispersas em forma irregular que, para mim, muitas vezes se assemelham a de uma pirâmide. Já seus ramos são fininhos e, ao mesmo tempo, bem escuros, criando um contraste tão singular que palavras não são capazes de expressar.
Dentro de casa, as Avencas enriquecem e as deixam ainda mais próximas do contato com a natureza. E por falar nisso, é bem fácil o seu cultivo, porém, necessita do cultivador certos cuidados para que se mantenha o mais próximo das suas condições naturais, evitando aspectos feios ou a própria perda da planta.
Nome Técnico: Adiantum capillus veneris
Nomes Populares: Avenca
Família: Pteridophyta – Família Polypodiaceae
Origem: Nativo do Brasil.
Tipo: Feto (não produzem flores e sementes)
Umidade: Vital. Em ambientes secos ela praticamente não sobrevive, a não ser que algumas coisas sejam feitas para elevar esse nível (prato de água no fundo e apoiar o vaso por cima utilizando pedriscos, argila expandida, ou qualquer outro material que consiga reter umidade e mantê-la por maior tempo.
Solo: Altamente drenável e com matéria orgânica. Gosta, e muito, de madeira morta assim como xaxim.
Sol: Nunca em contato direto.
Luminosidade: Ao máximo, evitando sempre o contato direto com os raios solares que podem desidratar e facilmente queimar suas finas folhas.
Água: Gosta de terra levemente úmida, mas nunca encharcada, pois aumenta as chances de apodrecimento ao lado de incidência fungicida.
Temperatura: Climas tropicais de mata fechada, variando de 15 à 30ºC. Vale citar que odeia o extremo: tanto o frio, como o calor demasiado, pois acaba por se queimar e desidratar facilmente.
Vento: Não toleram! Devido a sua estrutura fragilmente composta, ambientes que possuam muito vento podem acabar quebrando seus galhos, fazendo com que a muda possua dificuldades durante seu desenvolvimento.
Vale lembrar que, tanto a Avenca, como todas as outras plantas, não exigem determinada dose de água a cada x dias. Isso é um erro que pode ser fatal! As plantas são seres-vivos e os dias nunca são iguais: alguns mais quentes, outros nem tanto, alternância na taxa de evaporação, etc. Por isso, o que mais vale aqui é a observação. Na hora de regar, atente-se ao solo, toque, sinta o aspecto. Se a cobertura estiver levemente úmida, é sinal de que seu interior ainda contém um bom índice de água, dispensando a rega naquele dia. No dia seguinte você novamente observa e repete todo o ritual. E é desta forma que você conseguirá os exemplares mais belos, não o contrário. Então vamos lá!
Como plantar uma muda de Avenca
Para você que quer ter sua mudinha de Avenca dentro de casa e deseja que seu aspecto se mantenha sempre belo e vívido, é muito fácil começar:O primeiro passo é possuir a muda - lógico! Para isso você poderá ir até viveiros, comprar online (acho arriscadíssimo devido a sua sutileza em conjunto do transporte) ou ir até algum local específico que você já saiba que possua esta muda. No meu caso, atrás da casa da minha Nona (o mesmo que vó, só que oriunda da cultura italiana) encontrei inúmeras mudinhas, nenhuma grande o bastante, mas todas com o desenvolvimento necessário para serem coletadas.
Em caso de coleta, seja delicado! Seu sistema radicular é muito superficial e fino, podendo facilmente ser danificado em um simples puxão. Portanto, opte por utilizar instrumentos que permitam você puxá-la de dentro para fora. Desta forma ela já acaba vindo junto com um torrão de terra, diminuindo, ao meu ver, a intensidade do impacto da sua retirada. Em outras palavras, a chance de sucesso é maior.
Apenas como observação, fiz a coleta das mudas próximo ao fim da tarde, cerca de 17 horas. Após plantá-la em vaso definitivo, questão de 2 horas depois, ela já começou a mostrar indícios de que havia sido movida, estressada. Algumas das folhas murcharam e outras perderam seu verde vivo, tomando agora uma cor mais escura, opaca. Isso mostra e prova a sua grande sensibilidade, tendo suas reações praticamente instantâneas as ações.
Estando com seu exemplar em mão, agora você deve escolher o local onde a mesma será plantada. Este poderá ser tanto um vaso como um lugar fixo. Atenção para esta última opção, pois exigirá a reprodução apropriada ao meio em que tal espécie vive. Dentre elas, opto sempre pelos vasos.
O tamanho do recipiente não é importante: não deverá ser demasiado pequeno e sim possuir dimensões apropriadas para o desenvolvimento vegetativo da planta. Em seu interior, buracos de dreno são altamente necessários. Apesar de curtir a água, ela odeia os excessos e, principalmente, terra encharcada.
No fundo do recipiente, acrescente uma camada de cascalhos, brita, pedra, argila expandida ou qualquer outro material que possa ajudar no escoamento da água. Ao meu ver, o método perfeito seria começar dos maiores aos menores, criando assim um filtro perfeito para que tanto a água possa escoar, como o tão necessário oxigênio circular. Uma opção alternativa é acrescentar pedras e, aí então, uma camada de folha de jornal bem fina. Dessa forma você evita que o barro penetre por entre as pedras e saia pelos furos de drenagem.
O próximo passo é a escolha do substrato ideal. Neste ponto, depois de muito pesquisar, cheguei a uma conclusão, porém, não é imune a falhas: terra vegetal, esterco curtido e serragem. Observando o local onde as recolhi, percebi, não sei se é mera quimera, que onde meu nono havia jogados restos de serragem elas estavam com aspectos ainda melhores. Cheguei a conclusão de que gosta da madeira decomposta em mistura ao seu substrato. Alguns locais da internet até recomendam o uso do pó de xaxim, que já sabia ser altamente compatível com fetos.
Se tratando de proporções, a aplicação de esterco foi mínima, apenas “temperei o substrato” com ela a fim de enriquecer suas propriedades. Já a serragem, cerca de uma mão cheia para um vaso de 5L. Ela, para mim, irá atuar tanto como auxiliadora na aeração da terra como, também, proporcionar matéria orgânica. Até então, tem dado certo, mas continuo observando e testando diferentes opções com demais mudas.
Colocando minha opinião de lado, o que pude encontrar na internet é que adora solos ricos em nutrientes, matérias orgânicas e fim. Simples assim, pena que eu nunca me sinto satisfeito com o que passam, aí faço essas loucuras para testar, mas que, em contrapartida, sempre dão certo (ao menos por enquanto).
Depois de ter plantado sua mudinha, é hora de aprender a mantê-la sempre bela e saudável.
Dicas de cuidados
Começando pelo local onde a planta irá ficar, este mesmo deve apresentar as três condições necessárias para seu pleno desenvolvimento: umidade, temperatura e luminosidade.A luminosidade pode facilmente ser resolvida ao colocar a planta naquele cantinho próximo a janelas, portas ou qualquer outro lugar em que a iluminação do sol (não seus raios) se faça presente com boa intensidade. Já a umidade, basta acrescentar um prato ou qualquer outro tipo de recipiente sobre seu fundo e enchê-lo de cascalhos ou argila expandida com acréscimo de água. Desta forma a evaporação ocorre constantemente e sua planta terá ao menos a base para sua subsistência. Para evitar que a terra absorva essa água dedicada a outro fim, você pode apoiar o vaso sobre pedras a fim de elevar sua altura. Já o calor é fator de localização, necessitando certa observação e estudo para definir seu local apropriado.
A rega deverá ser feita sempre que o substrato aparentar estar levemente seco e nunca o contrário. Em períodos de frio, se necessário, a rega deverá ser reduzida, assim como deverá ser aumentada em épocas de calor. Prefira sempre o menos do que mais. Na hora de efetuar a rega, molhe o substrato generosamente sem encharcá-lo. Lembre-se, ela gosta de umidade e fica por isso. Portanto, não deve ser tratada como uma planta aquática (brincadeira, rs).
Quando em vasos, seus nutrientes se esgotam e devem ser repostos através de adubações periódicas. No meu caso, utilizo sempre fertilizantes orgânicos ou, então, os solúveis da Peter’s Forth Professional, os quais recomendo de boca cheia, pois nunca deparei com problemas relacionados a overfert (adubação excessiva), um grande vilão dos jardineiros e jardineiras de plantão. Outra excelente opção é o Osmocote, que são pequenas bolinhas que vão soltando, aos poucos, nutrientes para a terra. Pelo fato de ser um produto que possui de 3 à 5 meses de atuação/duração, é menos agressivo e também traz excelentes resultados, além de dispensar adubações constantes. As doses devem ser seguidas de acordo com as indicações do rótulo do produto. No meu caso, por segurança, opto sempre por dosagens inferiores às recomendadas. Faça os testes!
Mas, mesmo adubando com frequência, chegará um ponto em que o substrato da planta não terá mais propriedade alguma, se tornando completamente descartável. Por isso, é importante realizar o transplante da planta a cada 2 anos, que deverá ser feito na primavera, seguindo novamente todos os procedimentos iniciais necessários.
Dicas de Manutenção
Deixar sua planta com aspecto sempre belo requer algumas ações manuais. Para que seu topo esteja sempre verde e bonito, você pode remover os galhos secos, murchos ou com aspectos feios com o auxílio de uma tesoura. Para isso, basta cortá-lo bem rente a base. Essa atitude beneficiará e muito sua avenca! Com o descarte destes ramos, melhora-se a incidência de luz em toda a planta, além de garantir que novos brotos cresçam, dando origem a folhagens novas.Se sua plantinha estiver apresentando folhas escuras, se atente ao local em que está e se o mesmo apresenta aspéctos de poluição. A cozinha é um bom exemplo disso graças a seus óleos e frituras, e caso esteja em um ambiente assim, retire-a imediatamente dali. Elas odeiam atmosferas impuras, necessitando de ar fresco sempre.
Propagação: como fazer mudas
Assim como as samambaias, as avencas não produzem qualquer tipo de semente ou flores para realizar sua reprodução. Para isso, geram embaixo de suas pequenas folhas os conhecidos “esporos” que são pontinhos escuros que se distribuem em toda a estrutura inferior da planta, os quais são carregados e disseminados pelo vento, dando continuidade ao seu ciclo de vida.Para fazer isso manualmente, você poderá coletar esse material com o auxílio de uma faca. Durante o processo, uma folha poderá ser posta debaixo, assegurando que a coleta seja efetuada. Depois, prepare o local de germinação utilizando apenas pó de xaxim e espalhe os esporos por toda a superfície. Aplique um plástico transparente para protegê-lo e garantir os níveis ideais de umidade para uma alta taxa de germinação. Após feito, basta manter o recipiente à sombra. Com o passar dos dias, uma espécie de musgo se criará pela superfície: este é o início do seu ciclo de vida. Após atingir certa maturidade, com aproximados 2 à 3 centímetros de altura, poderão ser transplantados a seus locais definitivos.
Também é possível multiplicar seu exemplar através da divisão de touceiras, bastando separar uma das outras e replantá-las novamente. Apenas tome cuidado para não prejudicar os rizomas, que são frágeis e não tão abundantes para permitir falhas. Lembre-se de plantá-las imediatamente após a separação, pois se desidrata facilmente quando fora do solo.
Contra Pulgões e Cochonilhas
Contra as Cochonilhas, recomendo que utilize o óleo de neem. Já para outras pragas, como pulgões e lagartas, opte pela calda de fumo, esta última eu te ensino com maiores detalhes nesta matéria.Aplicação na Medicina
A Avenca, além de embelezar os ambientes, ainda possui inúmeras outras finalidades. Mas como não sou especialista nem em jardinagem, quem dera ter propriedade para tratar assuntos de saúde. Deste modo, fui atrás de um site com excelente reputação, de onde pude tirar muitas informações a seu respeito. O site em questão é este daqui: Chá Benefícios.Suas propriedades são: anti-inflamatória, diurética, adstringente, depurativa, laxante, tônica, sudorífica, expectorante, antibacteriana, antioxidante, balsâmica, emoliente e estimulante;
Indicada para pessoas com dificuldade de urinar;
Funciona como um leve sedativo natural;
É muito útil no tratamento contra tosses, catarros, gripes, afecções bronquiais e rouquidão;
Alivia a asma;
Ajuda o aparelho respiratório a funcionar melhor;
Acaba com a caspa.
Reduz a temida queda de cabelo.
Trata vários problemas na bexiga, no fígado, no baço e no pulmão.
Alivia as incômodas dores menstruais e reumáticas.
Regula a menstruação.
Quanto às contra indicações: portadores de hipoglicemia, gestantes e mulheres com cânceres estrogênio-positivos não devem consumir a avenca. Já os efeitos colaterais, são menos: pacientes diabéticos devem ter cuidado, já que a avenca potencializa a insulina e medicação antidiabética, o ideal é que esses pacientes não consumam a planta.
Acredito, eu, que a planta não se resume a esta insignificância. Inúmeras outras propriedades podem estar ocultas por trás desta miúda e delicada planta. Caso queira, você pode contribuir com maiores informações nos comentários abaixo, pois, como já disse, não sou conhecedor, mas sim mero amante dedicado que vive coletando, sejam mudas ou suas informações.
Até a próxima!
Dicas para deixar o seu jardim atrativo a passarinhos e beija-flores
Por Administrador - segunda-feira, julho 10, 2017
Não sei você, mas o meu maior sonho é contar com um jardim rico em variedades, onde eu possa chegar depois de um longo dia de trabalho, relaxar e apreciar o sol poente com o estardalhaço dos passarinhos, como beija flores, bem-te-vis, andorinhas, cambacicas, sabiás, rolinhas e muitos outros. Mas e quando não se conta com a presença desses maravilhosos seres-vivos, o que se pode fazer para atraí-los?
Bom, se você tem um jardim, este já é um grande passo. Caso não tenha, recomendo você a começar o seu, pois é reproduzindo a natureza que começamos a criar o cenário ideal para que possamos apreciar os primeiros indícios destes pássaros. Ao contrário de nós, eles não possuem uma vida de lazer, prazeres, gostos e desgostos. Desde o seu primeiro voo, todos são dedicados a algum objetivo essencial, seja a obtenção de comida, fuga de presas ou, então, a busca por um novo ninho. Compreendendo a vida de um passarinho, facilmente garantimos algumas opções para que os vejamos com maior frequência dentre nossas árvores e plantas, e é sobre isso que iremos conversar hoje!
Alguns deles são atraídos por flores, cujas quais oferecem grande disponibilidade de néctar e, geralmente, têm pouco ou nenhum odor, pois o sentido do olfato é bem pouco desenvolvido. No entanto, as flores donas de cores gritantes, como as amarelas e vermelhas, chamam bastante atenção dos pássaros, assim como as grandes ou com maciços de inflorescência. Os pássaros que frequentam as flores regularmente se alimentam de néctar, partes florais e insetos habitantes. Estes atuam polinizando de flor em flor, pois acabam por entrar em contato com o pólen, disseminando a reprodução da natureza.
Outros deles se alimentam de frutos, denominados frugívoros, grãos e sementes, os quais possuem um grande e importante papel na contribuição da manutenção e preservação ambiental, pois acabam por defecar tais sementes, dando origem a novos exemplares. Eles possuem uma visão precisa e aguçada, se alimentando, muitas vezes, de pequeninas sementes. Porém, frutos doces e coloridos são seu prato preferido.
É muito simples atrair pássaros com alimentos. O beija-flor, por exemplo, é uma presa fácil, bastando pendurar um pequeno bebedouro com água açucarada e pronto, seus primeiros visitantes estão prestes a chegar. Mas o mais eficiente mesmo é utilizar frutas como o mamão, a banana e a maçã, além de sementes próprias, que podem ser adquiridas em saquinhos já prontos ou, também, compradas separadamente, como é o caso do girassol, alpiste, entre várias outras. O bom mesmo é testar, pois cada região apresenta uma certa relevância cultural, podendo alterar de acordo com o alimento disponibilizado.
Sem delongas, vamos a lista, que é um verdadeiro banquete de informações para que você tenha o cardápio atrativamente ideal. Abaixo você encontra uma pequena lista com as principais e mais comumente encontradas espécies de pássaros e seu respectivo cardápio.
Através dos alimentos você garante a presença de muitos pássaros. Mas você pode estar se perguntando: como custear tudo isso? Ou melhor, porque investiria tanto em alimentos para simplesmente atrair estes passarinhos ao meu jardim?
Realmente, custear a alimentação desses bichinhos pode não ser uma tarefa simples e requer certo investimento mensal. Outra forma de você contar com a presença deles é disponibilizar tais árvores e plantas no seu jardim, criando um legítimo restaurante a céu aberto para que aves de todos os cantos cheguem até o espaço elaborado.
Agora que você já sabe quais são os alimentos mais comuns do cardápio de um pássaro, chegou a hora de elaborar o modo de disponibilizá-los, pois não dá para simplesmente abandoná-los ao chão. Ou melhor, até daria, mas não vejo com bons olhos, uma vez que o chão expõe os pássaros a predadores e a sujeira fica espalhada por todas as partes.
Sendo assim, elabore um cantinho especial para fazer seu tratador. Ele pode ficar debaixo de árvores ou até mesmo utilizar ela própria, pendurando frutos com casca e ganchos diretamente nos galhos. Isso pode passar maior segurança aos pequeninos, uma vez que estar distante do chão os salvaguardam de alguns predadores.
É possível, também, utilizar bambus para criar pequenos potes, seja para água ou alimentos, grãos e sementes. Para isso, basta cortá-lo ao meio e fixá-lo com o auxílio de arames ou barbantes, mas descarto esta última possibilidade, pois, com o passar do tempo, estraga e necessita de constantes manutenções.
Outros vão além e fazem das garrafas pets um eficiente fornecedor de alimentos para os pássaros. Esta eu ainda não tinha conhecimento, aprendi agora e, quem sabe, posso ensiná-los a fazer em uma matéria futura.
Não sou muito de citar modos e possibilidades, sou mais de deixar a ideia no ar para que a criatividade e a inspiração venham por conta. Afinal, é muito gratificante criar algo próprio com objetos simples, mas que atuam conforme sua finalidade.
É isso, até a próxima!
Bom, se você tem um jardim, este já é um grande passo. Caso não tenha, recomendo você a começar o seu, pois é reproduzindo a natureza que começamos a criar o cenário ideal para que possamos apreciar os primeiros indícios destes pássaros. Ao contrário de nós, eles não possuem uma vida de lazer, prazeres, gostos e desgostos. Desde o seu primeiro voo, todos são dedicados a algum objetivo essencial, seja a obtenção de comida, fuga de presas ou, então, a busca por um novo ninho. Compreendendo a vida de um passarinho, facilmente garantimos algumas opções para que os vejamos com maior frequência dentre nossas árvores e plantas, e é sobre isso que iremos conversar hoje!
Dicas para atrair passarinhos ao jardim
Os passarinhos gastam grandes doses de energia diariamente, principalmente quando estão alimentando seus filhotes no ninho, e para que consiga suprir todas suas demandas metabólicas, é necessário voar diversas vezes até as plantas para que consiga obter o valor requerido. A sua vantagem está no voo, que permite correr grandes distâncias utilizando pouco combustível.Alguns deles são atraídos por flores, cujas quais oferecem grande disponibilidade de néctar e, geralmente, têm pouco ou nenhum odor, pois o sentido do olfato é bem pouco desenvolvido. No entanto, as flores donas de cores gritantes, como as amarelas e vermelhas, chamam bastante atenção dos pássaros, assim como as grandes ou com maciços de inflorescência. Os pássaros que frequentam as flores regularmente se alimentam de néctar, partes florais e insetos habitantes. Estes atuam polinizando de flor em flor, pois acabam por entrar em contato com o pólen, disseminando a reprodução da natureza.
Outros deles se alimentam de frutos, denominados frugívoros, grãos e sementes, os quais possuem um grande e importante papel na contribuição da manutenção e preservação ambiental, pois acabam por defecar tais sementes, dando origem a novos exemplares. Eles possuem uma visão precisa e aguçada, se alimentando, muitas vezes, de pequeninas sementes. Porém, frutos doces e coloridos são seu prato preferido.
É muito simples atrair pássaros com alimentos. O beija-flor, por exemplo, é uma presa fácil, bastando pendurar um pequeno bebedouro com água açucarada e pronto, seus primeiros visitantes estão prestes a chegar. Mas o mais eficiente mesmo é utilizar frutas como o mamão, a banana e a maçã, além de sementes próprias, que podem ser adquiridas em saquinhos já prontos ou, também, compradas separadamente, como é o caso do girassol, alpiste, entre várias outras. O bom mesmo é testar, pois cada região apresenta uma certa relevância cultural, podendo alterar de acordo com o alimento disponibilizado.
Sem delongas, vamos a lista, que é um verdadeiro banquete de informações para que você tenha o cardápio atrativamente ideal. Abaixo você encontra uma pequena lista com as principais e mais comumente encontradas espécies de pássaros e seu respectivo cardápio.
Araçás | Pitanga (principal) |
Araras | frutos provenientes de palmeiras |
Azulão | Sementes de capim e pequenas frutas silvestres, além de insetos |
Beija-flor | flores coloridas, geralmente tubulosas e ricas em néctar (sino-amarelo, lanterna-chinesa, crista-de-galo, brinco-de-princesa, helicônia sp, hibisco, madressilva, malvavisco, camarão-amarelo, russélia, sanquézia, ave-do-paraíso, sapatinho-da-judia) |
Bem-te-Vi | pêssego, ameixas, romã, manga, pitanga, uva, goiaba, jabuticaba, araçás, amoras, figos e insetos. |
Canário-da-Terra | alpiste, painço amarelo, linhaça |
Coleiro | sementes de capim, alpiste |
Curió | sementes mais rígidas, como capim navalha e insetos |
Papagaio | frutos, sementes, brotos e flores |
Pintassilgo | sementes de capim, assa-peixe, dente-de-leão, flores de eucalipto, pequenas sementes, frutos secos, além de frutas em pomares |
Sabiá | pitanga, figo, palmeiras, amora, mamão, banana, laranja |
Saíra | frutos da palmeira |
Trinca-Ferro | frutas em geral |
Através dos alimentos você garante a presença de muitos pássaros. Mas você pode estar se perguntando: como custear tudo isso? Ou melhor, porque investiria tanto em alimentos para simplesmente atrair estes passarinhos ao meu jardim?
Realmente, custear a alimentação desses bichinhos pode não ser uma tarefa simples e requer certo investimento mensal. Outra forma de você contar com a presença deles é disponibilizar tais árvores e plantas no seu jardim, criando um legítimo restaurante a céu aberto para que aves de todos os cantos cheguem até o espaço elaborado.
Agora que você já sabe quais são os alimentos mais comuns do cardápio de um pássaro, chegou a hora de elaborar o modo de disponibilizá-los, pois não dá para simplesmente abandoná-los ao chão. Ou melhor, até daria, mas não vejo com bons olhos, uma vez que o chão expõe os pássaros a predadores e a sujeira fica espalhada por todas as partes.
Sendo assim, elabore um cantinho especial para fazer seu tratador. Ele pode ficar debaixo de árvores ou até mesmo utilizar ela própria, pendurando frutos com casca e ganchos diretamente nos galhos. Isso pode passar maior segurança aos pequeninos, uma vez que estar distante do chão os salvaguardam de alguns predadores.
É possível, também, utilizar bambus para criar pequenos potes, seja para água ou alimentos, grãos e sementes. Para isso, basta cortá-lo ao meio e fixá-lo com o auxílio de arames ou barbantes, mas descarto esta última possibilidade, pois, com o passar do tempo, estraga e necessita de constantes manutenções.
Outros vão além e fazem das garrafas pets um eficiente fornecedor de alimentos para os pássaros. Esta eu ainda não tinha conhecimento, aprendi agora e, quem sabe, posso ensiná-los a fazer em uma matéria futura.
Não sou muito de citar modos e possibilidades, sou mais de deixar a ideia no ar para que a criatividade e a inspiração venham por conta. Afinal, é muito gratificante criar algo próprio com objetos simples, mas que atuam conforme sua finalidade.
É isso, até a próxima!
Do lixo para a horta: Os 3 melhores adubos orgânicos caseiros (+Bônus)
Por Administrador - segunda-feira, julho 03, 2017
Não é de hoje que se conhece, mas muitos dos materiais que utilizamos em casa, e depois vão para o lixo, podem, e muito, serem reaproveitados. Mas essa não é uma matéria voltada a artesanato ou algo do tipo, mas sim sobre jardinagem.
Hoje, vou ensiná-los a reaproveitar alguns dos itens mais dispensados dentro da cozinha e que possuem grandioso potencial nutritivo, cujo qual é capaz de adubar suas plantas de forma eficiente e, acima disso, segura, pois são naturais e não contam com processos químicos em sua composição.
Outro grande benefício destes adubos orgânicos é a sua abundância, pois são itens que nunca faltam na cozinha. Já financeiramente, você não precisará mais se preocupar em comprar kits de adubação, pois poderá fazer sua própria fertilização de modo totalmente natural. Sem delongas, vamos ao que interessa.
Do lixo para a horta: Os 3 melhores adubos orgânicos caseiros
Borra de café
Eu, particularmente, tomo muito café e creio que esta tradição esteja enraizada na cultura de praticamente todos os brasileiros, sendo, então, um dos itens de mais fácil acesso. Se você não toma, com certeza conhece alguém que o faça. Deste modo, é questão de pedir para que o mesmo guarde a borra do café já passado para que você também tenha a sua e inicie os processos de adubação.
A borra de café é capaz de fornecer uma série de nutrientes que a planta exige durante sua vida, porém, destaca-se por conter elevadas doses de carbono, nitrogênio e matéria orgânica. Na hora de utilizá-lo, aconselho não colocar diretamente no solo, pois o processo de decomposição deste material acaba por consumir elevados índices de nitrogênio, perdendo completamente sua função de fertilizante. Uma boa dica é utilizá-lo na composição do solo, misturando uma parte de borra para 10 de terra.
Existe uma segunda alternativa para o pó de café, que é misturar 100g de borra para 1L de água. Ela é mais fraca e acaba sendo mais tranquila de utilizar, podendo ser repetida com maior frequência.
Além de fertilizar, saiba que a borra de café também é um poderoso repelente contra algumas das principais pragas do nosso jardim, como, certos tipos de larvas, caracóis e lesmas, além de eliminar bactérias e outros microorganismos danosos ao solo. Em resumo, é completo e vai atender muito bem a sua demanda produtiva: hortas mais fartas e florações cheias.
O nitrogênio, quando em deficiência, paralisa o crescimento da planta, aumentando sua tendência de floração e frutificação em tentativa de sobrevivência. Desta forma, torna-se raquítica, com folhas descoradas ou verde-azuladas, sintoma conhecido como clorose generalizada, podendo agravar a necrose. Em contrapartida, seu excesso causa um desenvolvimento exacerbado, deixando a parte aérea de uma planta mais avançada que suas raízes.
Casca de ovos
Ricas em cálcio, potássio e magnésio, as cascas de ovos são uma das melhores fontes nutritivas para quem quer enriquecer a qualidade de suas plantas, hortas e vasos. Este é um dos alimentos de maior acessibilidade, garantindo que você facilmente o tenha, dando início a sua aplicação.Porém, antes de sair jogando as cascas de ovos pela terra, vale lembrar que, quanto mais triturada, melhor a disponibilidade nutritiva ao solo e plantas, facilitando sua retirada. Deste modo, recomenda-se que certa quantidade de cascas sejam trituradas no liquidificador ou, então, com a mão, porém, requerer um processo mais repetitivo. Depois de ter sua farinha de casca de ovos pronta, basta misturar na composição do solo ou, então, colocar ao redor das plantas. Molhar em seguida é importante, visto que o pó poderia ser espalhado pelo vento, desperdiçando seu adubo (ou adubando aquilo que não havia finalidade, rs).
A deficiência do cálcio, principal composto da casca de ovo, pode ser vista por raízes sem rigidez, ou necrose em partes novas da planta, como comumente ocorre com os tomates e a podridão estilar (parte distal do fruto).
Casca de Banana
Sim, esta outra fruta encontra-se altamente acessível e não existe um ser-humano no mundo que jamais tenha a provado (força de expressão, é claro). Eu, particularmente, não consumo banana com tanta frequência, em compensação, meu vizinho destrói um cacho da fruta por semana, garantindo uma excelente fonte de adubo orgânico para minhas plantas.A banana possui cerca de 350 mg de potássio a cada 100g, um valor notório e que dará um belo gás, visto que o “K” (NPK) é um dos mais importantes agentes osmóticos. Para utilizá-la, basta ter certa quantidade da casca da fruta em mão. Você pode picá-la bastante e misturar na própria terra, buscando facilitar o acesso aos nutrientes. Outra coisa que também pode ser feita é triturá-las no liquidificador com água, criando uma espécie de vitamina, a qual poderá ser utilizada para irrigar suas plantas mensalmente. Vale lembrar que o líquido gerado não deve ser muito concentrado. Caso assim fique, dilua em maior quantidade de água. Prefira sempre o menos: é mais seguro e permite novas tentativas, contrário ao excesso, que mata e não dá novas possibilidades.
Quando uma planta apresentar deficiência de potássio, ela gera clorose em folhas velhas, que podem evoluir a necroses nas margens. Em gramíneas, pode acabar acarretando em caules finos e raízes suscetíveis a pragas e doenças, podendo expor a planta a inúmeros riscos.
Cinzas de carvão (Bônus)
Essa é uma dedicatória a galerinha do fogão a lenha ou da lareira, cujo qual utilizam uma fonte de combustão bem específica e que as plantas costumam adorar seus restos: cinza de madeiras. Você mesmo pode ver: incêndios florestais acontecem com ou sem a intervenção humana e isso nada mais é do que um ciclo, um recomeço. Depois da queimada, muita matéria prima em forma de cinza está disponível ao solo e as futuras plantas que virão, disponibilizando o combustível ideal ao seu desenvolvimento saudável.Ricas em potássio, fosfato e macrominerais, as cinzas de madeiras podem ser efetivas no aumento da resistência das plantas, além de combate a pragas. Para utilizá-las, basta misturar cerca de um quarto de uma xícara, com um litro de água e borrifar na horta uma vez por mês.
O uso do carvão proveniente de churrasco deve ser evitado, uma vez que pode conter elevados níveis de sódio (sal) e gordura.
A aplicação pode ser feita em todas as espécies de plantas mas com alguns cuidados. A cinza aumenta o nível do pH do solo, deixando-o mais alcalino. Quando aplicados em pequenas quantidades, fazem sua correção. A quantidade correta a ser utilizada deve ser sempre ponderada: plantas adultas, pode-se utilizar 1 pazinha de medida. Já as mais novas, em fase de desenvolvimento e que apresentam maior sensibilidade, evitar dosagens altas. O menos é sempre mais.
Em uma postagem futura, vou ensinar como combinar os benefícios das cinzas em conjunto de outros itens que normalmente acabam no fundo da sua lata de lixo.
Vou ficar extremamente feliz em saber que você leu e tirou suas próprias conclusões. Para isso, deixe sua contribuição nos comentários abaixo!
Perguntas e Respostas: Begônia apodrecendo, o que fazer?
Por Administrador - terça-feira, junho 27, 2017
Estou dando início a um novo método de compartilhar ensinamentos, este é o Pergunta e Respostas.
Para participar e ter sua resposta aqui sanada, basta enviar um e-mail para vinicius.dimbarre@gmail.com que vou ter o maior prazer em poder ajudar, pois nem sempre temos o conhecimento na ponta da língua, mas isso faz com que corra atrás e, assim, aumente ainda mais nossa coleção de aprendizagem.
A pergunta que vou responder hoje veio de um amigo próximo, cujo qual está tendo dificuldades para ter seu exemplar de begônia sadio.
Minha begônia parece estar apodrecendo. O caule está mole e as folhas caindo. Não sei o que fazer!
Dias atrás, passei pelo mesmo espanto: um dos meus exemplares quase perdeu a vida devido a podridão. Antes, era uma planta robusta, saudável. Agora, uma mera mudinha que está, novamente, iniciando seu ciclo de vida.
O motivo que leva as begônias a apodrecerem é, na maioria das vezes, sempre o mesmo: descuido com as regas. Mas este descuido nunca é a menos, mas sim acima do recomendado. Com o tempo, o caule vai amolecendo e a incidência de fungos toma cada vez mais espaço. Desta forma, em questão de poucos dias a planta pode acabar morrendo caso nenhuma providência seja tomada.
Cíclame-da-Pérsia: conheça tudo sobre a rainha do inverno
Por Administrador - quarta-feira, maio 24, 2017
Recentemente, dei no dia das mães uma lembrança que, sinceramente, me deixou com uma pequena inveja. Fui até uma floricultura aqui perto de casa e comecei a vasculhar o estoque, conferir as flores e espécies no intuito de encontrar algo que pudesse surpreender a dona Sonia, minha mãe, que também é uma amante da natureza e suas belezas. Por isso, a responsabilidade era grande e não podia vacilar.
Nessa brincadeira, uma planta em específico me chamou muito a atenção. Ela era completamente diferente de tudo que já havia visto. A disposição de folhas e, principalmente, flores era peculiar. Nem mesmo na internet, com tantas buscas relacionadas às plantas, me deparei com tamanho charme e encanto.
Grudei nela e fui ao balcão para comprá-la, mas já armado com um arsenal de perguntas para matar todas as minhas curiosidades. Foi aí, diante do gentil e bem informado vendedor, que conheci a cíclame, em específico a cíclame-da-pérsia, popularmente conhecida como violeta-dos-alpes. Foi amor à primeira vista!
Nessa brincadeira, uma planta em específico me chamou muito a atenção. Ela era completamente diferente de tudo que já havia visto. A disposição de folhas e, principalmente, flores era peculiar. Nem mesmo na internet, com tantas buscas relacionadas às plantas, me deparei com tamanho charme e encanto.
Grudei nela e fui ao balcão para comprá-la, mas já armado com um arsenal de perguntas para matar todas as minhas curiosidades. Foi aí, diante do gentil e bem informado vendedor, que conheci a cíclame, em específico a cíclame-da-pérsia, popularmente conhecida como violeta-dos-alpes. Foi amor à primeira vista!